O mês de dezembro traz consigo não apenas as celebrações de fim de ano, mas também uma importante iniciativa de saúde pública: a campanha Dezembro Vermelho. Criada para conscientizar a população sobre a prevenção e o combate ao HIV, à Aids e a outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), a mobilização busca reduzir estigmas, promover o diagnóstico precoce e ampliar o acesso ao tratamento.

Instituída pela Lei 13.504/2017, a campanha se intensifica em todo o Brasil com ações educativas, testes rápidos, palestras e distribuição de preservativos. O objetivo principal é reforçar que a prevenção e o tratamento das ISTs são questões de saúde pública e que o preconceito pode ser tão perigoso quanto a doença.

De acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, mais de 960 mil pessoas vivem com HIV no Brasil, e cerca de 90% delas estão em tratamento. A ampliação do acesso à terapia antirretroviral nos últimos anos tem sido um marco no controle da epidemia, permitindo que os pacientes tenham qualidade de vida e reduzam a transmissão do vírus.

Entre as estratégias destacadas pela campanha está o uso da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), um medicamento que reduz significativamente o risco de infecção pelo HIV. Além disso, o Dezembro Vermelho ressalta a importância do diagnóstico precoce, incentivando a realização de testes gratuitos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).

A campanha também foca em desmistificar preconceitos e combater a desinformação. Apesar dos avanços científicos, o estigma em torno do HIV e da Aids ainda é uma barreira para que muitas pessoas busquem ajuda médica. Assim, o Dezembro Vermelho reforça que a solidariedade e o respeito são tão essenciais quanto a prevenção. O Dezembro Vermelho, portanto, não é apenas uma campanha de saúde, mas também um movimento de inclusão e humanidade.